Este tema surgiu de uma conversa descontraída com a equipe sobre as inúmeras possibilidades que surgem com a Inteligência Artificial (IA). Não se trata apenas de uma ferramenta para facilitar nosso trabalho nas atividades repetitivas do dia-dia. As IAs vêm demonstrando novas capacidades de realização inesperadas.
Modelos avançados de IA têm a capacidade de “aprender” sozinhas, analisando uma vasta quantidade de dados aos quais têm acesso, e com isso, aprimoram continuamente seu desempenho. Entre os diversos questionamentos acerca das IAs e seu impacto na sociedade, um que abordo neste post é: como a interação com uma IA irá modificar nossa estrutura de pensamento?
Atualmente, ao realizar uma pesquisa no Google, seja procurando por um colchão adequado para problemas lombares ou explorando um tema como “os arquétipos de Jung”, somos apresentados a uma lista de links com títulos e descrições que nos dão uma ideia do conteúdo. Frequentemente, se a resposta não atende às nossas expectativas, reformulamos nossa busca utilizando diferentes palavras-chave. Contudo, à medida que a IA evolui, ela oferece respostas mais completas e contextualizadas. Ela compila informações de diversas fontes – artigos, livros, vídeos e pesquisas científicas – fornecendo uma visão abrangente do assunto pesquisado. A IA pode até sugerir novas informações e estimular a formulação de novas ideias. Em contrapartida, será que teremos a tendência de delegar para ela a tarefa de exercer o pensamento crítico e analítico?
Quais portas se abrem e quais se fecham para a inteligência humana ao interagir com a Inteligência Artificial?
Se o processo de buscar, analisar, contextualizar as informações são como um exercício para a mente, quais portas se abrem e quais se fecham para a inteligência humana neste novo contexto?
Na revolução industrial, houve temores de que as máquinas substituíssem o homem. No entanto, as máquinas contribuíram para a qualificação da mão-de-obra. Nesse período tivemos o aumento da alfabetização e do desenvolvimento intelectual. Na pré-revolução industrial, a taxa média de alfabetização no mundo era de cerca de 20%. Hoje, essa taxa mundial é de 86.7%, significando que em 1820 apenas uma em cada dez pessoas sabia ler e escrever; agora essa proporção se inverteu e nove em cada dez sabem ler e escrever.
Com a Inteligência Artificial estabelecida em nosso cotidiano, vamos nos manter atentos sobre como utilizar esse novo recurso. Ele pode potencializar nosso intelecto e resultados ou, por outro lado, levar-nos a uma mente sedentária?
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